Persistência e Paciência:

É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar até o chão. (como o bambu)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

POLÍTICO OU ADMINISTRADOR

  DE QUAL O POVO PRECISA?

Para os cargos executivos (Prefeito, Governador, Presidente, Ministros, e demais encarregados dos órgãos públicos), partindo-se da premissa que há centro de estudos para as diversas áreas do conhecimento humano, e que os profissionais de cada área entendem que é inadequado que pessoas despreparadas exerçam funções para qual não receberam os conhecimentos inerentes, (o CFM não autoriza quem não fez Medicina, e praticou sua especialidade, a atender oficialmente como Médico; também quem não fez o exame da ORDEM dos Advogados do Brasil, não é reconhecido como tal nos tribunais; da mesma forma as repartições não aceitam a responsabilidade técnica do Arquiteto/Engenheiro, se ele não apresentar o CREA; etc...) também é incompreensível que quem vá administrar, não tenha sido adequadamente preparado para a função. Proliferam as Faculdades de Administração de Empresas, e algumas têm até matérias específicas em administração pública. Alguns políticos espertos cursam Administração, e outros dão o exemplo, como o ex-presidente Vicent Fox, do México, e o ex-prefeito de NY, que contrataram profissionais de cada área, para assessorá-los, sabedores do valor da profissionalização da administração pública. Muitas empresas familiares também tiveram que partir para a profissionalização de seus quadros administrativos sob pena de perderem mercado ou falirem.
Poderão alguns empíricos alegarem que conseguiram sucesso nos negócios, sem nunca terem estudado, mas pode ter certeza que se ele administra um grande negócio, não contratará candidatos sem conhecimento/preparo para vagas de sua empresa. E de preferência que o candidato tenha conhecimentos acadêmicos aliados à prática.

 Porque não entregar a administração pública a quem é mais bem preparado para a função?

Stefhen Kanitz escreveu em seu “Ponto de Vista” - VEJA / 22/09/99, dentre outras coisas: “O Brasil formou nestes últimos vinte anos menos de 250.000 administradores de empresas. O Conselho Federal de Administração tem menos de 90.000 inscritos. Aí está a principal razão para nosso desemprego, a desorganização de nossa economia e a estagnação econômica.... Pela falta crônica de administradores formados, temos médicos que administram... e engenheiros mecânicos que administram.... Perdemos assim excelentes médicos e engenheiros ...e ganhamos administradores sem formação, que acabam aprendendo administração de empresas à moda antiga: errando. Os Estados Unidos tomaram outro caminho. ...formaram nada menos que 8 milhões de administradores de empresas. É a profissão mais freqüente, com 19% do total de 50 milhões dos americanos formados. É o segredo bem escondido da economia americana.... Toda nação requer a mão firme e visível de...pessoas treinadas e preparadas para criar empregos e organizações.”

 Os candidatos ao poder Executivo deveriam se candidatar ao cargo, apresentando os seus currículos às Câmaras Municipal, Estadual e Federal, conforme o cargo pretendido, que teriam a responsabilidade de escolher o(s) melhor(s). Não é assim que as empresas, quase sempre, escolhem seus funcionários e administradores. Porque os responsáveis pela escolha sabem que se a escolha não for de qualidade, eles também arcarão com os prejuízos. E a grande vantagem deste método, é que se o escolhido começar deixar a desejar na sua administração, poderá ser trocado, a qualquer momento, pôr outro que se ofereça para enfrentar o desafio. Quanto a sua remuneração poderia até se utilizar da lei de mercado “o melhor pela menor pretensão”.

Os eternamente incrédulos, os pessimistas, os que temem quebrar paradigmas, e principalmente os que não querem mudança, certamente argumentarão “onde ficaria a Democracia”, e os possíveis riscos de corrupção, com um pequeno grupo escolhendo pela maioria. Mas justamente porque, depois de eleitos pôr prazos relativamente longos, as dificuldades em provar as irregularidades e desmandos dos eleitos, mais o aparato da estrutura política/partidária, e o distanciamento dos eleitores, é que os mesmos se perpetuam no poder, mesmo com todo o estrago que vêm fazendo à sociedade. Ainda que o número de pessoas responsáveis pela escolha seja pequeno, as Câmaras estariam sendo constituídas pôr cidadões diretamente expostos a pressão de sua comunidade, podendo serem destituídos/trocados a qualquer momento em que sua comunidade assim o sentirem necessário fazê-lo. E o novo escolhido levará rapidamente ao Legislativo Municipal, e/ou a Câmara Estadual, e/ou Federal o descontentamento de sua(s) comunidade(s).
(Rubens Zaoral)

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