Persistência e Paciência:
É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar até o chão. (como o bambu)
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
A BELEZA DOS DETALHES
A sociedade capitalista e consumista em que vivemos
é dividida em três grupos: uma minoria que possui muito e corre para
administrar seu enorme patrimônio, a grande maioria que busca adquirir mais do
que possui, e os muito poucos que, sem pressa, apreciam cada detalhe da vida.
Pessoas acostumadas com dias muito agitados,
repletos de compromissos, reuniões, debates, cursos e palestras podem ser
imediatamente, ou quando menos esperarem, obrigadas a mudar radicalmente seus
costumes e o ritmo de suas atividades.
Diversos motivos, doenças ou acidentes, podem levar
a impedimentos, imobilidades e isolamentos que possibilitarão uma autoanálise e
a revisão de quais os valores realmente devem ser observados.
Os que passam por isso normalmente mudam o foco
sobre diversos pontos da vida antes imaginados importantes, agora tidos como
insignificantes, e passam a valorizar coisas que antes não conseguiam enxergar.
A beleza de um ipê totalmente desfolhado, antes do
início de sua floração, com um pássaro colorido em um de seus galhos é algo
jamais visto e admirado, por quem está correndo para não chegar atrasado a uma
reunião de negócios.
O registro fotográfico de um por do sol, de um
local bonito por onde passou, ou do pássaro no ipê, para posteriormente ser
compartilhado com quem não estava presente naquele momento, passa a ser
extremamente gratificante por quem o realiza.
As cenas espetaculares e inesquecíveis de um
acasalamento equino, o nascimento de um de um animal no campo, o canto de um
pássaro livre e o som isolado do vento nas folhas, só podem ser vistas e
ouvidas por quem possui tempo e se dispõe a uma vida diferente da levada nos
grandes centros urbanos.
As sementes das maiores árvores, que não conseguem
crescer à sua volta por causa da falta de raios solares provocado por sua
sombra, precisam ser consumidas pelos pássaros que depois as transportam em
seus intestinos até outros locais, onde brotarão e crescerão longe da sombra da
árvore mãe, assim como os humanos, entre os quais podemos notar o maior
amadurecimento daqueles que já se afastaram dos pais, e a maior imaturidade - e
muitas vezes irresponsabilidade -, dos que, por qualquer motivo, continuam
dependentes deles.
Os pássaros também são responsáveis pelo transporte
das ovas de peixes entre lagos, represas e rios, pois ao pisarem na água para
saciar sua sede, estas aderem às suas pernas e só se soltarão quando em novo
contato com a água, geralmente em outro local.
Como é do conhecimento de todos, abelhas,
beija-flores e outros insetos e aves são os responsáveis pela polinização das
plantas, mas pouquíssimos são os que já observaram esse trabalho ou a estrutura
organizacional de uma colmeia, formigueiro, cupinzeiro ou de uma família de
macacos.
Os donos de muitos negócios, preocupados, mesmo quando
em qualquer local distante das cidades, não conseguem enxergar nenhuma dessas
belezas, pois continuam com pressa e olham tudo muito rapidamente, por não
possuírem tempo para essas "bobagens".
A grande maioria, por sua ansiedade em busca de
bens materiais, jamais passará por experiências assim sem uma freada brusca e
radical em suas atividades diárias.
A pressa nos impede de observar a beleza dos
detalhes, sem os quais nada existiria.
João Bosco Leal
www.joaoboscoleal.com.br
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
*Por Cristovam Buarque
No dia 7 de outubro, as cidades da Região do Entorno vão eleger seus prefeitos e vereadores, renovando a esperança de que os novos governos poderão trabalhar para recuperar nossas cidades vizinhas. Para isso, será preciso que cumpram fielmente seus compromissos, a fim de orientar o nosso destino comum.
Renovo minha opinião de que pelo menos cinco lemas deverão compor os compromissos que esperamos. Antes de qualquer coisa, os próximos governos deverão ter um compromisso radical com a transparência, a ética, a lisura no uso dos recursos públicos, recorrendo aos meios que façam impossível ocorrer corrupção.
Também deve fazer parte dessa ética a relação republicana com as Câmaras de Vereadores. Os próximos prefeitos não podem priorizar relações pessoais para atender a interesses indecentes de cada um deles, passando por cima dos interesses comuns das cidades.
O segundo compromisso, que deve unir as forças políticas do bem, a partir de janeiro de 2013, diz respeito à conquista da credibilidade. Todos devem zelar, dia a dia, minuto a minuto, para que cada gesto sirva para resgatar a região ferida com a vinculação com bicheiro. Será uma traição que, por ação, omissão ou mesmo por qualquer descuido, os próximos prefeitos sejam irresponsáveis no uso dos recursos públicos ou debochados com a causa pública.
O terceiro compromisso é com a competência dos funcionários que vão executar as ações do governo. Além da exigência de ficha limpa para cada servidor, os próximos governantes têm a obrigação de colocar a competência à frente das filiações partidárias.
O quarto compromisso é com os serviços públicos, a começar pela recuperação emergencial da saúde e, a seguir, pela educação, segurança e transporte público. O quadro de calamidade da saúde pública nas cidades vizinhas do DF é a prova da degradação da política no Entorno. A corrupção no comportamento de nossos políticos pode ser mais visível e chocante, mas não menos vergonhosa do que a corrupção nas prioridades da política que têm levado ao abandono de escolas, água, saneamento, hospitais e postos de saúde.
O quinto compromisso deve ser com cada uma de nossas cidades. Cada pessoa mora em um local que precisa ser bem cuidado. Além da autoestima do povo, da qualidade nos serviços públicos, os novos governos serão avaliados pela qualidade de vida que oferecerão aos habitantes das cidades do Entorno.
*Cristovam Buarque é professor da UnB e senador pelo PDT-DF.
No dia 7 de outubro, as cidades da Região do Entorno vão eleger seus prefeitos e vereadores, renovando a esperança de que os novos governos poderão trabalhar para recuperar nossas cidades vizinhas. Para isso, será preciso que cumpram fielmente seus compromissos, a fim de orientar o nosso destino comum.
Renovo minha opinião de que pelo menos cinco lemas deverão compor os compromissos que esperamos. Antes de qualquer coisa, os próximos governos deverão ter um compromisso radical com a transparência, a ética, a lisura no uso dos recursos públicos, recorrendo aos meios que façam impossível ocorrer corrupção.
Também deve fazer parte dessa ética a relação republicana com as Câmaras de Vereadores. Os próximos prefeitos não podem priorizar relações pessoais para atender a interesses indecentes de cada um deles, passando por cima dos interesses comuns das cidades.
O segundo compromisso, que deve unir as forças políticas do bem, a partir de janeiro de 2013, diz respeito à conquista da credibilidade. Todos devem zelar, dia a dia, minuto a minuto, para que cada gesto sirva para resgatar a região ferida com a vinculação com bicheiro. Será uma traição que, por ação, omissão ou mesmo por qualquer descuido, os próximos prefeitos sejam irresponsáveis no uso dos recursos públicos ou debochados com a causa pública.
O terceiro compromisso é com a competência dos funcionários que vão executar as ações do governo. Além da exigência de ficha limpa para cada servidor, os próximos governantes têm a obrigação de colocar a competência à frente das filiações partidárias.
O quarto compromisso é com os serviços públicos, a começar pela recuperação emergencial da saúde e, a seguir, pela educação, segurança e transporte público. O quadro de calamidade da saúde pública nas cidades vizinhas do DF é a prova da degradação da política no Entorno. A corrupção no comportamento de nossos políticos pode ser mais visível e chocante, mas não menos vergonhosa do que a corrupção nas prioridades da política que têm levado ao abandono de escolas, água, saneamento, hospitais e postos de saúde.
O quinto compromisso deve ser com cada uma de nossas cidades. Cada pessoa mora em um local que precisa ser bem cuidado. Além da autoestima do povo, da qualidade nos serviços públicos, os novos governos serão avaliados pela qualidade de vida que oferecerão aos habitantes das cidades do Entorno.
*Cristovam Buarque é professor da UnB e senador pelo PDT-DF.
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