Persistência e Paciência:

É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar até o chão. (como o bambu)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A IMPRENSA E SUA INFLUENCIA DE OPINIÃO


Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

(*) Teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A Indecisão da FICHA LIMPA

O Voto dos ministros do STF no julgamento da Ficha Limpa
O julgamento do recurso interposto pela coligação Esperança Renovada e por seu candidato ao governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC), começou na quarta-feira, com o voto contrário do relator, Carlos Ayres Britto. Em julgamento, na prática, estava não só o recurso de Roriz, mas a aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa nas eleições de outubro.
Ayres Britto confirmou a constitucionalidade da alínea "k", do inciso I, do artigo 1º da Lei Complementar (LC) 64/90, introduzido pela LC 135/10 (Lei da Ficha Limpa). A alínea considera inelegíveis os ocupantes de cargos eletivos "que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo" que poderia resultar na cassação - caso de Joaquim Roriz.
O ministro fundamentou sua decisão no artigo 14, parágrafo 9º da Carta Magna. Ao tratar da inelegibilidade no contexto de proteção da probidade e da moralidade, a Constituição, conforme Ayres Britto, mandou que a lei complementar considerasse a vida pregressa do candidato. A expressão, acrescentou, não foi inventada pela alínea 'k'; ela está na Constituição.
Polêmica
O julgamento - que havia sido suspenso na quarta-feira por um pedido de vista do ministro José Antônio Dias Toffoli - foi retomado na tarde desta quinta-feira. O voto de Toffoli - favorável ao recurso de Roriz - considerou que o artigo 16 da Constituição, ao tratar do princípio da anualidade da lei eleitoral, não faz distinção entre normas. Para ele, o dispositivo determina que leis que alterem o processo eleitoral não se aplicam à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
Em seguida, a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha acompanhou o voto do relator Ayres Britto e se manifestou pela aplicação da lei às eleições do próximo dia 3. A ministra ressaltou que a Lei da Ficha Limpa passou a vigorar em 7 de junho passado, portanto, antes que se iniciasse o prazo para a realização das convenções partidárias que escolhem os candidatos. Para ela, a lei, que veio com 16 anos de atraso, atende a um anseio da população brasileira por moralidade e probidade administrativa na vida pública.
A ministra citou precedentes do STF no sentido de que as leis que complementam o regime constitucional de inelegibilidades (art. 14, parágrafo 9º) têm vigência imediata e afastam a incidência do artigo 16 da Constituição (anterioridade eleitoral), pois não alteram o processo eleitoral.
Também acompanhando o relator, o ministro Joaquim Barbosa disse que os dispositivos na lei não chegam a interferir no processo eleitoral, que se inicia no momento dos registros de candidaturas. Para ele, as normas não beneficiam este ou aquele partido ou candidato.
O ministro Ricardo Lewandowski, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que a norma não altera o processo eleitoral, uma vez que a Lei da Ficha Limpa não trouxe casuísmo ou mudança na chamada "paridade de armas".
Vazio legislativo
O segundo a se manifestar pelo provimento do recurso do candidato do PSC no DF foi Gilmar Mendes, para quem a Lei Complementar (LC) 135/10 deve se submeter ao comando do artigo 16 da Constituição. A Lei das Inelegibilidades anterior - LC 64/90 - não foi alcançada pela anualidade prevista no artigo 16, disse o ministro, porque foi promulgada para preencher um vazio legislativo existente à época.
Para Gilmar Mendes, o fato de a Lei de Ficha Limpa ter se originado de iniciativa popular, com apoio de quase dois milhões de cidadãos, não obriga o STF a chancelá-la. "Se assim fosse, seria melhor fecharmos nossas portas", disse Gilmar Mendes.
A ministra Ellen Gracie, que votou pela plena aplicabilidade da Lei da Ficha Limpa nas eleições de outubro e acompanhou integralmente o voto do relator, disse que a norma questionada não fere o disposto no artigo 16 da Constituição. Ela se valeu de decisão do STF de 1990, quando a Corte entendeu que a Lei Complementar 64/90 não se submetia à anterioridade prevista no artigo 16, uma vez que a norma fora promulgada em maio de 1990, data anterior ao início das convenções partidárias para escolha dos candidatos às eleições daquele ano.
Já o ministro Marco Aurélio votou pelo provimento do recurso de Joaquim Roriz e, portanto, pela não aplicação da Lei da Ficha Limpa. Ele questionou a validade da lei, quanto à aplicabilidade nestas eleições e quanto à retroatividade, ou seja, quanto a alcançar condenações e renúncias anteriores à sanção do texto legal. Ele também viu um possível vício de constitucionalidade, por acreditar que a lei, que sofreu emenda de redação no Senado, deveria ter voltado à Câmara em vez de ser enviada diretamente à sanção presidencial. No Senado, o tempo verbal "tenham sido [condenados]" foi substituído por "forem [condenados]."
Quarto ministro a dar suporte ao recurso de Roriz, o ministro Celso de Mello também afirmou que a lei não deve ser aplicada nas eleições deste ano, em respeito ao postulado da anterioridade eleitoral, enunciado no artigo 16 da Constituição. Ele questionou, ainda, a razoabilidade de se aplicar o que chamou de "sanção" - a inelegibilidade - a um ato lícito, no caso a renúncia.
O presidente do STF, Cezar Peluso, completou os votos contrários a Lei da Ficha Limpa. O ministro acompanhou o entendimento de que a lei não deve produzir efeitos para as eleições deste ano e acrescentou que, por se tratar de uma sanção, não pode retroagir para prejudicar aqueles que foram condenados antes de sua promulgação.
Além de acolher os argumentos da defesa de Roriz, Cezar Peluso voltou a defender a tese, que já havia causado a suspensão do julgamento na quarta-feira, de que a lei seria formalmente inconstitucional. Segundo ele, ao modificar o tempo verbal usado no texto, o Senado modificou o conteúdo da lei, o que tornaria obrigatória a volta do projeto à Câmara dos Deputados, conforme determina o artigo 65 da Constituição.
Djalba Lima com redação / Agência Senado

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

UNIDADE POPULAR PELO RIO GRANDE

Carta aos Gaúchos e Gaúchas: a bússola do desenvolvimento
Esta carta é o compromisso de um esforço concentrado pelo desenvolvimento do Rio Grande, não é um rol de promessas. Um esforço para o qual convidamos todas as forças políticas e democráticas do estado a compartilhar. O Brasil consolida um padrão novo de desenvolvimento econômico e social sob o governo do Presidente Lula. Infelizmente o Rio Grande do Sul não tem conseguido acompanhar o processo de distribuição de renda e a dinâmica do crescimento nacional. O corte de investimentos em diversas áreas, em especial saúde e educação, a ausência de políticas de indução ao desenvolvimento, a falta de diálogo social amplo e de transparência e a perda de protagonismo político nacional deixaram o estado de costas para o Brasil. É urgente um novo tempo para o Rio Grande. Tempo de crescer, incluir, distribuir, produzir e acreditar na capacidade de trabalhar e empreender da nossa gente. Que olha o futuro com esperança e acredita na força do Rio Grande.
Ao longo dos últimos meses reunimos diferentes experiências e visões para propor soluções que coloquem o nosso estado no ritmo do Brasil. Constituímos uma ampla aliança político-partidária, a Unidade Popular pelo Rio Grande, e a cada dia somam-se pessoas dos mais diversos grupos sociais e ideológicos. Com o exemplo deste período de convívio democrático, aprendizado e rica experiência política assumo, nesta Carta, o primeiro compromisso: estruturar e fazer funcionar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio Grande do Sul – CDES RS (minuta de Projeto de Lei em anexo). Será um espaço de amplo diálogo social, negociação, formulação de políticas e busca de consensos mínimos para o desenvolvimento do estado.
Queremos o Rio Grande de frente para o Brasil e, juntamente com a nossa candidata a Presidente, Dilma Rousseff, vamos retomar o protagonismo político nacional e garantir a ampliação dos programas federais no estado. O Rio Grande pode e deve acompanhar o novo ciclo de crescimento do Brasil, garantindo os investimentos federais como o PAC I e o PAC II, bem como, o Pré-Sal e o Polo Naval de Rio Grande. Todos estes programas têm grande potencial de gerar desenvolvimento a partir do apoio aos setores produtivos gaúchos no fornecimento de tecnologias, insumos e equipamentos.
A experiência recente do Brasil comprova que o investimento nas pessoas e o crescimento são caminhos para solução dos problemas estruturais. No Rio Grande, os dois últimos governos cristalizaram um círculo vicioso na economia gaúcha. O combate ao déficit através do corte de investimentos públicos reduziu a nossa capacidade de crescimento, afetando diretamente a receita e levando a novos cortes. Entendemos que é preciso recuperar o papel indutor do Estado, buscando o equilíbrio fiscal sem comprometer o desenvolvimento. Nos próximos anos, o Brasil terá um forte ciclo de progresso social e crescimento, em condições de se transformar na quinta economia mundial. Com este crescimento, o incremento da receita estadual, o combate à sonegação, a cobrança da Dívida Ativa, um programa de redução dos gastos supérfluos e do desperdício no serviço público e a negociação de um novo reescalonamento da dívida pública, vamos aumentar os investimentos para R$ 2 bilhões em média por ano. Somados a este, vamos captar R$ 2 bilhões em recursos de organismos nacionais e internacionais através da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e do sistema financeiro estadual, e mais R$ 2 bilhões junto ao governo federal, acessando os programas federais a partir da apresentação de projetos aos diversos ministérios. Assim, podemos assumir com o Rio Grande o compromisso de criar as condições para investir R$ 12 bilhões de reais ao longo dos próximos quatro anos.
Esta série de esforços políticos e técnicos, que realizaremos para ampliar o investimento, devem ser traduzidos em políticas de retomada do desenvolvimento do estado, com sustentabilidade e distribuição de renda. Reafirmamos todos os compromissos já assumidos ao longo da campanha sobre os principais problemas do estado, como por exemplo, iniciar o processo de recuperação salarial dos servidores, estabelecer amplo debate para realizar a reestruturação da previdência estadual, buscar o equacionamento racional da dívida pública e a adequação necessária para o cumprimento dos mínimos constitucionais em saúde e educação. Para estes e outros temas importantes apresentamos propostas, como criar as condições necessárias para o pagamento do Piso Salarial Profissional dos Professores, criar o Fundo Estadual de Previdência Pública Complementar, criar o Observatório da Cidadania e combater a corrupção, não renovar os atuais contratos de concessão de estradas, instituir uma Comissão Permanente de Negociação com os Servidores Públicos, retomar o OP, entre outros.
Assim, nesta Carta, apresentamos a todos os gaúchos e gaúchas uma nova agenda de compromissos e metas, que envidaremos com todas as nossas forças, para colocar o Rio Grande no ritmo do Brasil.
1. Compromissos com o Desenvolvimento Social e Políticas Públicas
Educação
• Nenhum Jovem Sem Escola: universalização do acesso ao ensino médio com criação de 50 mil vagas para os estudantes do Rio Grande.
• Aumentar em 50% as vagas gratuitas do ensino técnico profissional através das redes públicas, parceria entre governos municipais, estadual, federal, o Sistema S e instituições comunitárias e privadas.
• Resgatar e fortalecer a UERGS: garantindo autonomia administrativa e financeira e recompondo o quadro de profissionais com concurso público e plano de carreira.
• Pacto do Rio Grande pela Educação buscando a colaboração horizontal e em rede entre as instituições de Ensino Superior e o estado pela qualidade, inovação tecnológica, pesquisa e formação de professores, voltado para o apoio às vocações e às cadeias produtivas locais.
• Formação continuada para todos os professores da Rede Pública Estadual, garantindo a Primeira Licenciatura e buscando dobrar o número de professores com Especialização. Instituir o Sistema Estadual de Avaliação da Educação Básica, tendo como referência as avaliações procedidas no âmbito das escolas.
Saúde
• Quatro novos hospitais regionais, em parceria com o governo federal, aproveitando as estruturas já existentes nas regiões que ainda não contam com serviços de saúde de média e alta complexidade com especialidades, como traumatologia e cirurgias em geral. Através de um programa de ação solidária em saúde qualificar o atendimento dos hospitais do interior.
• Garantir 01 (um) Centro de Especialidades em Saúde para cada região do estado, aproveitando as estruturas existentes, a relação com os municípios, a parceria com o governo federal e a participação efetiva do Estado na gestão e financiamento dos serviços.
• Concluir e construir 50 UPAs no estado, em parceria com o governo federal, garantindo a conclusão das 18 UPAs que estão em andamento e construindo mais 32.
• 100% dos municípios com equipes completas de PSFs, em parceria com os municípios, buscando soluções conjuntas em relação à contratação e ao custeio.
• Reduzir para um dígito o Coeficiente de Mortalidade Infantil no estado, que segundo o Núcleo de Informações em Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, em 2009 foi de 11,52 para mil nascidos vivos. Através de ações efetivas do Estado e da ampliação de programas de atenção à saúde voltadas para gestantes, mães e crianças.
Segurança Pública
• Instituir Gabinetes de Gestão Integrada de Segurança Pública em todas as regiões do estado, garantindo o trabalho integrado entre municípios, estado e federação, bem como a integração das polícias e órgãos de segurança pública.
• Garantir pelo menos um Território de Paz com Unidade de Polícia Pacificadora e vídeo-monitoramento em todas as regiões/áreas de maior conflito e violência no estado, a partir da elaboração do mapa da violência e criminalidade do Rio Grande.
• Investir na ampliação do Bolsa Formação e na qualificação e recomposição do quadro de servidores da Segurança Pública, assim como no uso de novas tecnologias e inteligência policial para o combate à criminalidade.
Cultura
• 500 pontos de cultura, 500 bibliotecas modernizadas e 500 projetos de cultura para todas as cidades do estado.
• Implementar o Fundo de Apoio à Cultura para financiamento da produção cultural local (livros, Cds, teatro, dança, audiovisual).
Habitação
• Garantir 100 mil unidades habitacionais através da aquisição, construção, reforma, arrendamento, linhas de crédito e financiamento e apoio às cooperativas habitacionais no estado, para famílias de baixa renda e para habitação de interesse social.
Esporte
• Criar a Lei de Incentivo ao Esporte para apoio ao atleta amador, esporte educacional e de participação, considerando à Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas de 2016.
2. Compromissos com o Desenvolvimento Econômico e o Crescimento Sustentável
• Criar a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), que terá como objetivo promover a execução das ações de desenvolvimento regional e microrregional e políticas de atração de grandes investimentos de fora do estado e do País, que venham a integrar-se, valorizando e desenvolvendo, a base produtiva já existente no estado. Esta agência contará também com órgão técnico de apoio aos municípios para elaboração de projetos e captação de recursos.
• Novo Fundopem será instrumento de combate às desigualdades regionais e complementação das cadeias produtivas, com tratamento isonômico na concessão dos incentivos, promovendo um desenvolvimento equilibrado, ampliado para as pequenas e médias empresas, sem prejuízo das políticas e dos incentivos já concedidos.
• Seguro Cambial como política de proteção dos setores produtivos gaúchos, em especial, os pequenos e médios voltados para a exportação, dos efeitos da variação cambial, a partir da formação de consórcios com cooperativas, associações e produtores em parceria com o estado e o sistema financeiro estadual e nacional.
• Retomar de imediato o Simples Gaúcho, simplificando e reduzindo a carga tributária para as micro e pequenas empresas.
• Redução progressiva do ICMS para produtos de consumo popular e setores estratégicos ao incremento do emprego, como cesta básica de alimentos, da construção civil e artigos agroindustriais produzidos no estado.
Agricultura
• Criar a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo para atender a agricultura familiar, os pequenos e médios produtores, as cooperativas de produção.
• Fortalecer a Secretaria Estadual da Agricultura promovendo o agronegócio, a agroindústria, a ampliação e qualificação da nossa produção agropecuária.
• Implantar o Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária – SUASA, garantindo condições necessárias de estrutura e qualificação técnica para os nossos produtores, fortalecendo a agroindústria familiar, com um novo sistema de inspeção sanitária que permitirá a legalização e a comercialização dos produtos locais no mercado nacional.
• Retomar o programa Sabor Gaúcho com múltiplas ações, linhas de crédito para investimentos e custeio, apoio à comercialização e capacitação técnica para gestão.
Estradas
• Todas as cidades gaúchas com ligação asfáltica, concluindo as obras em andamento no estado e captando recursos junto ao orçamento da União e aos organismos nacionais e internacionais para viabilizar a conclusão dos acessos municipais.
• Iniciar imediatamente projetos de qualificação das estradas com a implantação da ERS 010 (POA/Sapiranga), conclusão da RS 118 (Viamão/Sapucaia do Sul), duplicação da RS 122 (São Vendelino/Farroupilha), da RS 324 (Passo Fundo/Casca) e da RS 342 (Cruz Alta/Ijuí).
Tecnologia da Informação
• Ampliação do acesso via Banda Larga e Inclusão Digital com implementação de rede de telecentros em todas as regiões do estado, em parceria com o Programa Nacional de Banda Larga, através da Procergs e da criação da CEEE Telecom.
Petróleo, Gás Natural e Polo Naval
• Decreto de Criação do Programa de Estruturação, investimento e pesquisa em Gás Natural, Petróleo e Indústria Naval do Rio Grande do Sul e da instalação da Câmara Setorial no CDES RS (minuta em anexo), com o objetivo de ampliar os benefícios econômicos e sociais gerados por estas atividades, fortalecendo a indústria gaúcha, com avanço tecnológico e geração de emprego e renda.
• Ampliar de 2% para 10% o fornecimento de insumos e equipamentos produzidos pela indústria gaúcha para a indústria naval e a Petrobrás. O Pré-Sal é uma possibilidade importante de investimentos futuros para o Estado. Devemos preparar o setor produtivo gaúcho para o fornecimento de insumos à exploração desta riqueza.
Energia
• Pequenas Centrais Hidrelétricas: o governo adotará políticas de desoneração para a instalação de pequenas centrais hidrelétricas, com o benefício do diferimento na constituição do ativo permanente e na indústria produtora de equipamentos e máquinas para as PCHs.
Meio Ambiente e Saneamento
• Em parceria com o governo federal, PAC Saneamento e Funasa, com os municípios, e através da Corsan, vamos dobrar o número de municípios com tratamento de esgoto.
• Através da Corsan, e em parceria com o governo federal, universalizar o abastecimento de água, envolvendo ações nas áreas que sofrem com estiagem, programa de irrigação para a produção agrícola e o acesso à água potável para população do campo e da cidade.
• Agenda RS da Sustentabilidade: instalação e criação de negócios sustentáveis e de uma economia verde, com investimentos e assistência técnica e tecnológica, garantindo incentivos que propiciem investimentos em serviços, desenvolvimento de conhecimentos, geração de insumos e novos materiais, com tecnologias limpas e sociais.
• Viabilizar, a partir de parcerias e dos diversos órgãos estaduais, 100 novos galpões de reciclagem de resíduos sólidos no estado, privilegiando os municípios ainda não contemplados.
3. Compromissos com o Desenvolvimento Humano, Inclusão e Emergências Sociais
Juventude
• Instituir o Bolsa Juventude, que permita, conjuntamente com o ProUni RS, a permanência de jovens de baixa renda no ensino médio, profissionalizante e superior, garantindo as condições necessárias de transporte, material e alimentação.
• Um Centro de Referência da Juventude para cada região do estado, através do Pronasci e da parceria com os municípios.
Mulheres
• Capacitar 40 mil mulheres para o mercado de trabalho, no campo e na cidade. Voltado para mulheres rurais, de baixa renda, chefes de família, vítimas de violência.
• Criar a Secretaria Estadual das Mulheres, para o planejamento, elaboração e gestão de políticas públicas voltadas para as mulheres – no combate à violência, na inserção no mercado de trabalho e na participação política ativa.
Acessibilidade
• Garantir Acessibilidade Universal às pessoas com deficiência em todos os órgãos públicos estaduais e promover ações educativas, de apoio e conscientização para adequação do mobiliário urbano e estruturas públicas no estado.
Enfrentamento ao Crack e às Drogas
• 60 novos CAPS, garantindo a viabilização de 35 CAPS nos grandes centros populacionais e pelo menos um CAPS AD com leito de observação por região do estado.
• Criação do Programa Consultórios de Rua (Móveis), para abordagem do usuário em seu meio, fazendo a busca ativa e qualificando o atendimento.
• Em parceria com o governo federal, ampliar a oferta de leitos qualificados para internação clínico-psiquiátrica na estrutura hospitalar disponível no estado.
• Apoio e parceria do estado na ampliação das Casas Protegidas, Residenciais e Comunidades Terapêuticas.
Enfrentamento às Calamidades Climáticas
• Plano Estratégico de Enfrentamento às Calamidades Climáticas, com criação do Grupo de Trabalho, do Decreto de Emergência Social e do Fundo Estadual para Regiões Atingidas por Calamidades Climáticas, com repasse fundo a fundo entre governos.
Segurança no Trânsito
• Promover Programa de Redução de Acidentalidades e Mortes com o objetivo de reduzir à metade os atuais índices de mortes nas Rodovias Estaduais, através do aumento da fiscalização, das campanhas educativas e da melhoria das condições das estradas.
• Programa Um Detran Comprometido com a Vida para executar o Plano Estadual de Segurança no Trânsito, com campanhas informativas, educativas, de conscientização e fiscalização no trânsito. Instituir o Comitê Estadual de Mobilização pela Segurança no Trânsito e criar o Observatório de Trânsito, centralizando os dados estatísticos.
Combate à miséria
• Erradicar a pobreza absoluta no estado até 2014, antecipando em um ano a estimativa feita pelo IPEA. A partir do programa RS Sem Fome, em parceria com o governo federal, a sociedade civil organizada, agricultura familiar e o Programa Federal de Aquisição de Alimentos, ampliar o programa Bolsa Família, distribuição de cestas básicas, os restaurantes populares, a qualidade e acesso à merenda escolar, consolidando o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional.
Tarso Governador – Beto Grill Vice
Unidade Popular pelo Rio Grande – PSB, PcdoB, PT, PR e P